Quando o assunto é saúde pública, muitos lembram de hospitais e médicos — mas os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) são quem realmente mantêm o SUS vivo nas comunidades.
    Eles percorrem ruas, visitam casas, conhecem famílias pelo nome e garantem que a prevenção chegue onde o hospital não chega.

    “O agente de saúde é o elo entre o posto e o povo. Ele entende o território e cria vínculo com a população”, explica a enfermeira Rosângela Duarte, supervisora de equipe na Baixada Fluminense.

    👣 O que faz um agente de saúde

    • Acompanha famílias em áreas vulneráveis.
    • Verifica carteiras de vacinação e orienta sobre doenças.
    • Encaminha casos suspeitos para atendimento médico.
    • Ajuda a monitorar surtos e epidemias, como dengue e Covid-19.

    No Brasil, há mais de 260 mil agentes comunitários em atuação. Muitos são moradores das próprias regiões onde trabalham — e isso gera confiança e pertencimento.

    💬 O impacto social do trabalho invisível

    Durante a pandemia, foram os agentes que bateram de porta em porta, informando, vacinando e orientando.
    Hoje, continuam atuando na prevenção de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, além de ações ambientais e educativas.

    Apesar de sua importância, ainda enfrentam salários baixos, falta de estrutura e reconhecimento.
    Fortalecer a categoria é investir em um SUS mais humano, próximo e eficiente.

    “Sem o agente comunitário, o sistema desaba — é ele quem conhece as pessoas, não só os prontuários”, afirma o médico de família Dr. Tiago Lessa, da UFRJ.


    🧩 Conclusão

    Os agentes de saúde são a linha de frente da prevenção no Brasil.
    Mais do que profissionais, são guardiões da saúde pública — levando cuidado, empatia e informação onde o poder público muitas vezes não chega.


    Referências: